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sábado, junho 30, 2007
Tenho uma cliente que é um livro de história ambulante.
Aos 87 anos de idade, é memória viva do holocausto.
De origêm polonesa, jovem ainda, fugiu para a Italia.
Para sobreviver, se passou por surda muda até conseguir embarcar no navio rumo ao Brasil, com marido e um filho recém nascido.
Esse filho quase morreu durante a viagem, mas com força, coragem, conseguiu desembarcar no Brasil, onde recomeçou sua vida, mudando inclusive seu nome, sua trajetória e seu destino.
Teve uma filha em terras brasileiras, ficou viúva, e agora, quando deveria ter um mínimo de conforto, está só e abandonada.
A filha mora no RS, o filho, quase vizinho, não a visita, não a convida para eventos familiares, a deixou à própria sorte.
Os netos, de quem ela guarda recortes de jornal com entrevistas, fotos, homenagens, não a visitam.
Os bisnetos, só conhece por fotos.
Por que estou escrevendo isso?
Porque sou sua amiga e confidente. A pessoa na qual ela mais confia, a quem recorre.
Ela quer fazer um testamento. Já tem um, escrito à mão e em 3 idiomas que só eu sei onde está, mas quer que seja feita a sua vontade quando se for,
A filha sempre a procura, quer que ela mude-se para o RS, mas ela não quer atrapalhar a vida da filha.
O filho, omisso toda vida, o mesmo que ela salvou de um destino triste, na França, ou à bordo daquele navio, não move um dedo do pé para acalmar um coração de mãe que sofre em silêncio. Silêncio mortal.
Bom, ela quer que ao partir, o apto onde morou toda uma vida seja vendido imediatamente e o valor dividido entre os irmãos em partes iguais.
Mesmo sofrendo o abandono pelo filho, com o coração sangrando, não quer que os irmãos briguem entre si.
E eu chorei junto a ela essa semana.
Só mesmo uma mãe.
Eu queria muito ser a filha que ela precisa, mas não sou, embora ela me considere como tal.
Nesses últimos 20 anos, fiz o que pude para que ela não se sinta tão terrivelmente sozinha, mas eu não sai do ventre dela, por mais que ela me dê um sorrisinho maroto, eu sei que por dentro ela já morreu faz tempo.
Ontem, acordei pensando nela. Tentei ligar, não consegui.
Hoje também. Ainda estou tentando.
Sinto que ela foi se despedir.
O que leva um filho a abandonar a sua mãe?
Porque, aos 87 anos, não lhe deu conforto emocional, que é o que ela mais precisa, pq materialmente, ela sobrevive com ajuda da comunidade e nunca, mas nunca mesmo foi incomodar o filho com problemas financeiros.
Gente, estou por conta.
Sinto que em breve vou rever esse filho, e respeitando a vontade dela, caso ela não consiga fazer o testamento, vou eu mesma mostar a carta, escrita à mais de 18 anos.
E vou dizer também, o quento ele a fez sofrer com a sua indiferença.
As lágrimas dela, respingam em mim.
Estou revoltada.

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quinta-feira, junho 28, 2007
Pois é, estou de volta!
A saudade dos tempos de blog, foi maior que a falta de tempo e da preguiça.
Lembranças de bons tempos, muitas gargalhadas, amizades que vieram e se foram, mesmo assim valeu pelas que ficaram. Estas eu pretendo cultivar com carinho. Não é Mel, minha florzinha ????
quarta-feira, junho 27, 2007
Esse blog vai ser reativado.
E escrito a 4 mãos.
Aguardem.